Centro de Artes do Carnaval de Torres Vedras
Torres Vedras
- Arquitectos
- Humberto Conde Arquitectos | HRA-Lisboa
- Localização
- Torres Vedras
- Ano
- 2011
- Client
- CÂMARA MUNICIPAL DE TORRES VEDRAS
- Author
- HUMBERTO CONDE
- Collaborators
- FILIPE RAMALHO, JOANA CATARRÉ, PAULO DANTAS, JOANA DOMINGOS
- Building area
- 6.000,00 m²
- Program
- COMPETITION, 3rd Place
A proposta localiza-se no terreno do antigo Matadouro, na zona norte da cidade de Torres Vedras. Propõe-se que a construção existente mantenha a sua posição de destaque e que o edificado proposto seja formalmente desligado deste. Assim, prolongamos o espaço público para o interior do terreno, criando vários percursos pedonais ao longo de toda a área proposta.
O novo edifício tira partido da morfologia e do declive do terreno, materializando-se como a continuação da escarpa existente. Desenvolvendo-se em “U”, proporciona pátios com relação axial, física e visual, com o antigo edifício do Matadouro. A cobertura do novo volume revela-se como uma espécie de manto verde, um ponto de encontro e celebração para o público, e simultaneamente com um carácter expositivo exterior.
Para a sua imagem, procurou-se uma conjugação do aspecto rude da escarpa, como um prolongamento da mesma, com a temática do próprio programa: um aspecto liso e árido do betão usado na fachada cortado pela presença de rasgos aleatórios, como lascas do maciço rochoso. Estas falhas são tratadas e materializadas como elementos fractais coloridos, alusivos à época do Carnaval, numa intensão de transpor para o interior, um sentimento de festa e alegria, próprios deste tipo de eventos. A entrada da luz solar no interior dos espaços programáticos através destas fenestrações, é feita com mais ou menos intensidade conforme a hora do dia, tingindo de cor os espaços interiores brancos. O mesmo acontece de noite, pela iluminação que reflecte do interior do Edifício, tornando o espaço público vivo e colorido.
O carácter lúdico do Carnaval é notório na flexibilidade e criação de diversos espaços exteriores, bem como pela formalização do espaço interior: o jogo das várias plataformas a diferentes cotas, é transposto para o interior pela organização da parte expositiva em espaços a diferentes níveis. Como um cortejo carnavalesco, damos a possibilidade aos utentes do novo Centro de Artes do Carnaval a percorrer e explorar os novos espaços das mais variadas formas sem constrangimentos.
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